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os compadres

em tempos virtuais, uma cia de teatro.

os compadres é uma cia de teatro fundada em 2010, que nasceu a partir do interesse comum que um grupo de artistas tinha pela dramaturgia brasileira. À época, nos deparávamos com um cenário em que a maioria dos grandes espetáculos em cartaz em São Paulo partiam de dramaturgia estrangeira. Nada contra, claro. Mas onde estavam os nossos grandes textos? Onde estavam nossos grandes autores contemporâneos? 

A companhia nasce, então, com este objetivo: produzir e realizar espetáculos brasileiros, com temas que refletissem e nos ajudassem a repensar a nossa realidade.

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Mas a ironia já começa na primeira montagem: o grupo, que se debruçava sobre a dramaturgia brasileira, é contemplado no edital da Cultura Inglesa e, sob direção de Dagoberto Feliz, encena seu primeiro espetáculo: Shakespeare Amarrotado. Uma adaptação de Romeu e Julieta para o público infantil construída inteiramente a partir da linguagem universal do palhaço. Shakespeare Amarrotado teve diversas temporadas, circulou por muitas unidades do SESC São Paulo e foi o espetáculo com o qual a companhia permaneceu até 2014. Sempre, é claro, estudando, pesquisando e tentando viabilizar sua proposta original.

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Até que em 2013 aconteceu. A companhia idealizou e produziu o espetáculo Coração Bandoleiro, texto de José Antônio de Souza e direção de Roberto Lage - comemorando 50 anos de carreira do diretor. O espetáculo, contemplado pelo PROAC Edital de Produções Inéditas, trazia ao palco, com humor e suspense, a história de uma milionária cardíaca, disposta a pagar qualquer preço para quem lhe doasse um coração saudável. Brasileiros que somos, falamos sobre ética, valores e relações de poder. Quanto valemos? Somos corrompíveis? O dinheiro pode pagar qualquer coisa? Essas e outras questões foram abarcadas pela direção de Lage. O espetáculo teve duas temporadas realizadas na cidade de São Paulo e realizou uma importante parceria de cooperação com o GRAACC. Ingressos poderiam ser trocados por latas de leite em pó que, ao final da temporada, foram doadas e contribuíram com as famílias dos pacientes atendidos pela instituição.

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Em 2016, a cia produziu a terceira temporada de um outro expoente da dramaturgia brasileira dos últimos anos: Cais - Ou Da Indiferença Das Embarcações, espetáculo de Kiko Marques, realizado pelos parceiros da Velha Cia. A temporada, também realizada na cidade de SP, teve ingressos esgotados desde sua primeira sessão. Neste projeto reeditamos a parceria com o GRAACC, desta vez, doando uma porcentagem da bilheteria total para a instituição.

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Em 2017, a cia idealizou e produziu seu novo espetáculo, Vocês Que Me Habitam, que tratava da relação de uma paciente e uma médica, em seu consultório. A obra, inédita e com texto construído de acordo com as propostas das atrizes, marca o início da pesquisa sobre o FEMININO e o lugar ocupado pela mulher na sociedade atual. O projeto fez residência artística na Oficina Cultural Oswald de Andrade, realizando, além da temporada do espetáculo, workshops gratuitos nas áreas de direção, direção de arte para teatro, dramaturgia e interpretação. Na ocasião, considerando o tema do espetáculo e a acessibilidade ao público, a companhia estabeleceu uma parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e realizou sessões em horário especial para mulheres em situação de violência. No ano de 2018, o espetáculo seguiu para sua segunda temporada no Teatro de Conteiner, da cia Mungunzá.

 

Em 2020, a cia segue com o segundo projeto de sua pesquisa sobre o FEMININO, idealizando e produzindo o inédito Marie. O espetáculo parte de um olhar crítico sobre a vida e obra da cientista Marie Curie e se propõe a repensar e a propor uma mudança de atitude em relação à presença feminina no mundo contemporâneo. O espetáculo tem dramaturgia e interpretação de Ana Elisa Mattos e mantém os mesmo parceiros que chegaram em Vocês Que Me Habitam - direção de Erica Montanheiro, direção de arte de Joyce Roma, trilha original de Luísa Gouvêa, iluminação de Kleber Montanheiro e foto de Rafael Ianni.

 

A cia é de dois. Os parceiros são muitos. Somos Compadres.

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